Dirigido por Banksy, com Thierry Guetta, Banksy, Shepard Fairey, Wendy Asher, Jay Leno, Space Invader e Deborah Guetta.
Palavras-chave: arte
Esse comentário contém SPOILERS, revelações sobre o filme. De qualquer forma, não comprometerá a diversão de vê lo.
Antes de tudo, o documentário foi dirigido por Banksy e o foco do filme não é Banksy, mas uma figurinha chamada Thierry Guetta, a forma como ele entrou na vida de Banksy e da própria arte de rua e como conseguiu a fama que tem hoje como um artista. Menos focado nas críticas sociais das obras de Banksy ou em qualquer outra crítica social de qualquer outro artista que aparece no filme, Banksy faz seu documentário como forma de expressar sua... ira? Raiva? Não sei se um termo negativo seja apropriado. Mas foi um manifesto contra o Guetta, personagem marcante na vida de Banksy.
Quem é Thierry Guetta? Nem eu o conhecia até assistir a esse documentário. Guetta é um artista de rua francês que começou como cinegrafista. Não bem um cinegrafista, ele tinha obsessão em filmar tudo o que via de forma compulsiva. Desde pequeno, até a então idade adulta, documentando e guardando tudo o que podia, mas sem dar valor algum ao que filmava. Quando terminava de gravar, guardava numa caixa e apenas isso. Às vezes as fitas com os filmes não tinham nome, número ou algo que possibilitasse uma referência. Começou a se envolver com a arte de rua quando resolveu filmar seu primo, o Space Invader, rapaz que fazia espécies de azulejos com o formato dos Space Invader, joguinhos eletrônicos antigos e espalhava essas coisas pela cidade. Nisso, ele começou a se interessar cada vez mais por essa arte que misturava ousadia – pois era proibido espalhar essas coisas em propriedades sem motivo, apenas por espalhar – e talento. Aos poucos foi conhecendo outros artistas à medida que ia viajando com seu primo. Um deles foi Shepard Fairey. Fairey ficou conhecido por um desenho típico, o “André, O Grande”, da tal palavra “Obey” escrita sobre um fundo vermelho abaixo da imagem estilizada do boxeador. Não só essa imagem o deixou famoso, como diversas outras, como a foto de Barack Obama com a palavra “Hope”, com cores distorcidas e vibrantes, como Andy Warhol fez.
Quem é Thierry Guetta? Nem eu o conhecia até assistir a esse documentário. Guetta é um artista de rua francês que começou como cinegrafista. Não bem um cinegrafista, ele tinha obsessão em filmar tudo o que via de forma compulsiva. Desde pequeno, até a então idade adulta, documentando e guardando tudo o que podia, mas sem dar valor algum ao que filmava. Quando terminava de gravar, guardava numa caixa e apenas isso. Às vezes as fitas com os filmes não tinham nome, número ou algo que possibilitasse uma referência. Começou a se envolver com a arte de rua quando resolveu filmar seu primo, o Space Invader, rapaz que fazia espécies de azulejos com o formato dos Space Invader, joguinhos eletrônicos antigos e espalhava essas coisas pela cidade. Nisso, ele começou a se interessar cada vez mais por essa arte que misturava ousadia – pois era proibido espalhar essas coisas em propriedades sem motivo, apenas por espalhar – e talento. Aos poucos foi conhecendo outros artistas à medida que ia viajando com seu primo. Um deles foi Shepard Fairey. Fairey ficou conhecido por um desenho típico, o “André, O Grande”, da tal palavra “Obey” escrita sobre um fundo vermelho abaixo da imagem estilizada do boxeador. Não só essa imagem o deixou famoso, como diversas outras, como a foto de Barack Obama com a palavra “Hope”, com cores distorcidas e vibrantes, como Andy Warhol fez.
Banksy ficou reconhecido por colocar sua arte no Muro da Cisjordânia, uma barreira que separa o Estado de Israel dos territórios da Cisjordânia. Polêmico, o muro é um verdadeiro campo de guerra, tanto político quanto físico. Banksy ousou e colocou lá obras de grande valor crítico que mostram crianças pintando um buraco no muro e, do outro lado, uma paisagem paradisíaca. Banksy também ficou mais reconhecido ainda por conseguir colocar, escondido, seus trabalhos de arte em diversos museus, como o Museu de História Natural em Nova York. Um grande sucesso no mundo todo, Banksy passou a ter suas obras de arte leiloadas por pessoas que simplesmente pegavam as obras que estavam expostas e vendiam por preços exorbitantes.
O resultado disso? Guetta não tinha estilo próprio, ele era uma mistura de tudo o que via, a maioria de suas obras não tinham significado além de ser pop demais e atrair a curiosidade do público e crítica. Não havia conteúdo crítico, muitas se assemelham às obras de Andy Warhol. Guetta virou um artista muito bem sucedido, porém sem identidade.
Eu fui uma vítima da mídia. “O filme do Banksy”, realmente, é um filme feito por ele, mas não é sobre ele, é sobre uma outra pessoa. Foi uma surpresa divertida, apesar da decepção. O foco poderia ter sido mais aprofundado nos temas sérios da arte de Banksy, mas tudo pareceu secundário. De qualquer forma, um grande e divertido filme com grandes momentos, envolve e entretém por toda sua hora e meia.
Avaliação: 8/10
Por Pedro Ruback
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