terça-feira, 17 de maio de 2011

Do Além

From Beyond, 1986.
Dirigido por Stuart Gordon, com Jeffrey Combs, Bárbara Crampton, Ken Foree, Ted Sorel, Carolyn Purdy-Gordon e Bruce McGuire.


Palavras-chave: experiência, paranóia


Stuart Gordon, mais conhecido pela adaptação “Re-Animator” em 1985 e por suas adaptações de contos e histórias do escritor fantástico Howard Phillips Lovecraft, dirigiu em 1986 esse “From Beyond”, seguindo à risca os moldes do cinema de horror de baixo orçamento da década de 80. Muito barato, quase nada de efeitos especiais, muita maquiagem, muita nojeira, um roteiro nonsense, atuações horríveis e humor negro. Nada mais a declarar, se você leu isso e gosta disso tudo, “From Beyond” é um filme para você.

Mas “From Beyond” se destaca, não só por conter todas as características marcantes de toda uma década de cinema de horror, mas por ter qualidade. O filme é um achado para qualquer amante dessa parte do cinema. É grandiosamente divertido e as péssimas atuações dos personagens só colaboram para que nos tire boas risadas. O climão desse cinema também está aqui, nós percebemos isso logo no início, onde o prólogo lança o mistério no ar como todo bom clichê descompromissado. Esse clichê vem sendo usado de forma irritante desde que o gênero suspense foi inventado, passando por quase todos os tipos de gêneros e sendo utilizado desgastantemente até os dias de hoje.


O filme começa com Crawford Tillinghast (Jeffrey Combs, ator muito conhecido de Gordon que participou de diversos filmes dele, inclusive “Re-Animator”), assistente de um cientista louco e pervertido de nome Edward Pretorius. Mesmo com um pé atrás em relação à experiência que Pretorius está desenvolvendo num aparelho chamado Resonator com o fim de estimular a glândula pineal, considerada a glândula responsável pelo sexto sentido das pessoas, Crawford se desempenha no projeto. Então, com o equipamento finalizado e pronto, resolve testá-lo. Além de funcionar com o propósito certo, o equipamento abre um portal para uma dimensão paralela onde vivem criaturas monstruosas com a capacidade de manipular o ser humano e seus instintos (além de devorarem seus cérebros, mas isso é mero detalhe).

No meio dessa experiência, Crawford chama Pretorius em outra sala dizendo que o equipamento é um sucesso. Não demora para que tudo dê errado e que uma das criaturas arranque a cabeça de Pretorius matando-o então. Louco e considerado culpado pela morte de seu mentor, Crawford é internado com o estado mental alterado, sendo incompreendido por todos com quem tenta conversar. Não é para menos, a história de um experimento louco que abre uma fenda para outra dimensão com seres bizarros é no mínimo duvidosa.


Para dar fôlego à trama, entra em cena uma jovem e bela psiquiatra, a Dra. Katherine (interpretada pela também costumeira atriz de Gordon, Bárbara Crampton e que também participou de “Re-Animator” e outras obras), que se propõe e investigar mais a fundo a história de Crawford acreditando no que ele fala. Agora, médico louco, psicóloga bonitona e um policial durão e com senso cômico vão para a mansão onde ocorreram os fatos para poderem recriar a máquina e investigarem se tudo aquilo é uma história real ou se Crawford é apenas mais um louco insano e psicopata maluco capaz de matar o próprio mentor.

Daí para frente não preciso nem contar o que acontece, é uma enxurrada dos mais divertidos e deliciosos clichês do gênero e da época. A diferença é essa: “From Beyond” é divertido demais, até mesmo aqueles que levam o cinema mais a sério (como eu) podem se surpreender (lê-se PODEM) com o tom do filme. Consegue manter o ritmo acelerado, a curiosidade, fora que os personagens conseguem cativar por serem, de certa forma, excêntricos por mais que previsíveis as situações e suas ações.


Na mesma linha de David Cronenberg, os efeitos especiais são marcados literalmente por maquiagens e mecanismos com muita insanidade, gosmas, melecas e deformidades à torta e a direita (é só excluir o tom crítico do Cronenberg). Por exemplo, uma espécie de antena brota da testa dos personagens, um homem fica completamente deformado a ponto de ter um pescoço enorme, entre outras que você só vai saber se assistir ao filme. De qualquer forma, é o tipo de filme para quem tem estômago. Tem muita qualidade gráfica, é um exemplo na área de maquiagem e na área do terror. Se você for um mais crítico perceberá um disforme estudo da fraqueza humana no filme, o que colabora ainda mais para que valha.

O melhor mesmo é assistir descompromissadamente com tudo. Obrigatório para os fãs do gênero.




Avaliação: 8,5/10


Por Pedro Ruback

sábado, 14 de maio de 2011

Exit Though the Gift Shop

Exit Though The Gift Shop (2010)
Dirigido por Banksy, com Thierry Guetta, Banksy, Shepard Fairey, Wendy Asher, Jay Leno, Space Invader e Deborah Guetta.

Palavras-chave: arte

Esse comentário contém SPOILERS, revelações sobre o filme. De qualquer forma, não comprometerá a diversão de vê lo.


Antes de tudo, o documentário foi dirigido por Banksy e o foco do filme não é Banksy, mas uma figurinha chamada Thierry Guetta, a forma como ele entrou na vida de Banksy e da própria arte de rua e como conseguiu a fama que tem hoje como um artista. Menos focado nas críticas sociais das obras de Banksy ou em qualquer outra crítica social de qualquer outro artista que aparece no filme, Banksy faz seu documentário como forma de expressar sua... ira? Raiva? Não sei se um termo negativo seja apropriado. Mas foi um manifesto contra o Guetta, personagem marcante na vida de Banksy.

Quem é Thierry Guetta? Nem eu o conhecia até assistir a esse documentário. Guetta é um artista de rua francês que começou como cinegrafista. Não bem um cinegrafista, ele tinha obsessão em filmar tudo o que via de forma compulsiva. Desde pequeno, até a então idade adulta, documentando e guardando tudo o que podia, mas sem dar valor algum ao que filmava. Quando terminava de gravar, guardava numa caixa e apenas isso. Às vezes as fitas com os filmes não tinham nome, número ou algo que possibilitasse uma referência. Começou a se envolver com a arte de rua quando resolveu filmar seu primo, o Space Invader, rapaz que fazia espécies de azulejos com o formato dos Space Invader, joguinhos eletrônicos antigos e espalhava essas coisas pela cidade. Nisso, ele começou a se interessar cada vez mais por essa arte que misturava ousadia – pois era proibido espalhar essas coisas em propriedades sem motivo, apenas por espalhar – e talento. Aos poucos foi conhecendo outros artistas à medida que ia viajando com seu primo. Um deles foi Shepard Fairey. Fairey ficou conhecido por um desenho típico, o “André, O Grande”, da tal palavra “Obey” escrita sobre um fundo vermelho abaixo da imagem estilizada do boxeador. Não só essa imagem o deixou famoso, como diversas outras, como a foto de Barack Obama com a palavra “Hope”, com cores distorcidas e vibrantes, como Andy Warhol fez.


Com esse costume de ir a tudo quanto é lugar com os artistas de rua, conhecendo diversos outros artistas e documentando tudo o que via, ia a todos os lugares de diversos paises e conhecia tudo o que se podia conhecer sobre prédios. Guetta não era apenas um cinegrafista que ficava embaixo enquanto os artistas estavam no alto das propriedades, prédios, ele ia até lá e ajudava-os em tudo o que fosse necessário extraindo o máximo de experiência. E foi num dia, em meio à explosão da fama de Banksy, que Guetta foi chamado pelo próprio cara para ajudá-lo em algumas coisas, entre elas, encontrar localizações boas para sua arte, além de documentar tudo.

Banksy ficou reconhecido por colocar sua arte no Muro da Cisjordânia, uma barreira que separa o Estado de Israel dos territórios da Cisjordânia. Polêmico, o muro é um verdadeiro campo de guerra, tanto político quanto físico. Banksy ousou e colocou lá obras de grande valor crítico que mostram crianças pintando um buraco no muro e, do outro lado, uma paisagem paradisíaca. Banksy também ficou mais reconhecido ainda por conseguir colocar, escondido, seus trabalhos de arte em diversos museus, como o Museu de História Natural em Nova York. Um grande sucesso no mundo todo, Banksy passou a ter suas obras de arte leiloadas por pessoas que simplesmente pegavam as obras que estavam expostas e vendiam por preços exorbitantes.

Voltando, Guetta conseguiu uma aproximação tão grande de Banksy que se tornou um amigo fundamental do artista. Porém, Banksy, vendo que Guetta não tinha vocação para o cinema vide um filme que ele fez editando o material que fizera (essa parte no filme é hilária; o tal filme realmente existe), deu a sugestão para que ele tentasse a arte de rua. E foi o que Guetta fez. Mas Guetta não fez tão simplesmente como todos os grandes e reconhecidos artistas de rua fazem, começando pequeno, com protestos e talento, mas ele abriu quase que uma empresa gráfica para seus cartazes, hipotecou a casa e foi ao trabalho, colando seus cartazes e divulgando quase que infantilmente suas obras. E, do nada, resolve fazer sua exposição de arte. Mas havia um fator que não possibilitava tal coisa: Guetta não era reconhecido, pois estava há pouquíssimo tempo no ramo. Mas ele queria começar como os grandes lutaram para conquistar durante anos, Guetta era uma criança a fim de brincar com todo mundo e, infelizmente, insultar os grandes artistas de rua.

O resultado disso? Guetta não tinha estilo próprio, ele era uma mistura de tudo o que via, a maioria de suas obras não tinham significado além de ser pop demais e atrair a curiosidade do público e crítica. Não havia conteúdo crítico, muitas se assemelham às obras de Andy Warhol. Guetta virou um artista muito bem sucedido, porém sem identidade.


Banksy trabalhou 80% do documentário com imagens feitas pela câmera de Thierry Guetta. Desde arquivos pessoais a arquivos de sua experiência com ele. O resultado foi uma película divertida e irritante (o personagem principal é irritante). Além de um documentário bom sobre a vida dos artistas de rua que se espalham e se escondem pelas grandes cidades e, no caso do Banksy, pelo mundo. Banksy, para guardar sua identidade distorce sua voz sempre que fala. Em cenas em que ele aparece sem sua típica máscara de macaco, há um efeito de imagem para granular e, quando está dando entrevista, usa um capuz e também um efeito de sombra é lançado sobre seu rosto.

Eu fui uma vítima da mídia. “O filme do Banksy”, realmente, é um filme feito por ele, mas não é sobre ele, é sobre uma outra pessoa. Foi uma surpresa divertida, apesar da decepção. O foco poderia ter sido mais aprofundado nos temas sérios da arte de Banksy, mas tudo pareceu secundário. De qualquer forma, um grande e divertido filme com grandes momentos, envolve e entretém por toda sua hora e meia.




Avaliação: 8/10


Por Pedro Ruback

O Sabor da Melancia

Tian Bian Yi Duo Yun, 2005.
Dirigido por Ming-liang Tsai, com Kang-sheng Lee, Shiang-chyi Chen, Sumomo Yozakura, Kuei-Mei Yang e Yi-Ching Lu.

Palavras-chave: sexo

Ao mesmo tempo em que se assemelha a um filme experimental, cheio de longas tomadas, silêncio, Tian Bian Yi Duo Yun torna-se também um filme de arte, mais pela expressividade e pela liberdade que tem de se expressar da forma que deve o que se propõe sem nenhuma barreira. Em meio a uma história estranha e absurda, surgem dois personagens curiosos e distintos. Desde os primeiros momentos do filme, sabemos que aqueles personagens, de alguma forma, se conectarão ao longo do filme, seja por um laço dramático, seja por laços românticos. Mas como isso pode acontecer? Por que eu fiz essa pergunta? Porque são personagens completamente diferentes, dois extremos da vida.

Em Taipe, Taiwan, há um surto de seca horrível causando falta de água e a única, mais barata e agradável forma de contornar a situação são com as melancias, frutas com grande quantidade de água em seu interior. Nesse cenário catastrófico, somos apresentados a duas pessoas: uma jovem mulher solitária que acabara de voltar da França e vive em seu apartamento sem grandes altos; e um homem, um antigo relojoeiro, que se tornou ator pornô e é visinho dessa jovem. Intercalando entre as cenas de sexo do ator pornô com uma atriz e a vida monótona e sem graça da jovem, assim somos apresentados aos dois. Dois extremos, contrastes de personalidades e, desde então, já temos idéia de que estes, a qualquer momento, por mais diferentes que sejam, vão se encontrar.

O filme transcorre em um silêncio angustiante, mas não à toa, pois reflete a vida desses dois personagens, vazias e desesperançosas. O homem, que, mesmo atuando em filmes pornôs, não tem relacionamentos sérios, não convive com outras pessoas e não gosta de melancia. A mulher que procura de alguma forma se aproximar do mundo alugando filmes e das outras pessoas, mesmo que com sua personalidade tímida demais que a afasta das pessoas sem nem conseguir falar uma palavra. E é por acaso que estes dois se encontram, em um parque no meio da cidade clara banhada pelo sol escaldante, o homem dormindo num brinquedo e a mulher, por ver uma garrafa de água ao seu lado, vê a oportunidade de lavar sua melancia. Deste ponto em diante vemos uma aproximação tímida dos dois ao mesmo tempo em que vemos algo novo surgir dentro deles.

Mas então, o que poderia tornar o filme ruim? Bom, quase não há falas no filme, o diretor então pareceu querer estragar o filme adicionando teatros musicais para expressar o que cada um dos personagens sente. Poderia sim, ser uma boa idéia se não fosse tão bobo. Alterna de palhaçadas, brincadeiras coloridas e vergonhosas a danças com guarda-chuvas com estampas de melancia, tão bobo, tão infantil que, se não fosse pelas letras conectando o filme ao espetáculo, seria uma apresentação infantil, o que, normalmente, tira o foco sério e, mesmo que á vezes cômico, do filme. Aquela lentidão quase filosófica é perturbada pelos musicais. A própria lentidão é um fator às vezes ruim, mesmo que refletindo o estado dos personagens. Ao decorrer do filme, vemos o cotidiano de cada um dos dois, o homem que tem sua rotina gravando filmes pornôs e a mulher com sua vida monótona, indo às vezes alugar filmes e por vezes cedendo à curiosidade de entrar na sala privada de filmes pornôs.

O filme se assemelha a um filme experimental. Ming-liang Tsai procura mais experimentar ângulos ousados com sua câmera estática, por vezes no canto do teto ou de baixo de algo, sem muita coisa nova a mostrar. Porém, pode ser um fator a ser levado em conta, pois a falta de movimento da câmera também se torna um reflexo da vida dos dois e a exploração de cada ângulo, uma forma de escapar da rotina, nesse caso, a rotina dos filmes que não ousam em procurar posições de câmera.

Nessa trama absurda (seca, melancias) que mais parece uma desculpa para mostrar o relacionamento do casal com um toque de novidade, vemos aquele desenrolar lento, quase parando. O filme seria muito pequeno se não fosse por uma coisa, uma coisa que salva completamente o filme de todo o desastre: a seqüência final. O ápice, o topo do filme. Ainda que o corpo do filme seja ruim, esse final consegue beirar a perfeição, seja pelo que ele aborda, por como é conduzido e pelos sentimentos que ele passa. É o tipo de final que faz toda aquela lentidão, aquela tortura ser válida, pois é o que se espera e dezenas de vezes mais, a prova de que algo pode acontecer, pode existir. Mesmo que ousado e que soe ofensivo, fazer o quê? É tão inesperado e original que não dá para falar que este filme é de todo ruim ou não encontrar nele algum sentimento, não dar reconhecimento a ele em meio a uma discussão sobre cinema.




O filme também é muito comentado pelo seu exagero no sexo, ainda mais para um filme lançado comercialmente. Mesmo que o ato não seja explícito (penetração), o filme tem um conteúdo sexual ousado com diversas cenas de sexo, masturbação e até mesmo uma ejaculação. Mas isso é necessário.

É um filme que vale a pena assistir, mesmo que por seus momentos finais (não que se deva descartar o desenvolvimento do filme).




Avaliação: 6/10




Por Pedro Ruback

sexta-feira, 13 de maio de 2011

O Muro da Cisjordânia

Em 2005, Banksy foi á Cisjordânia e pintou 9 obras suas no muro da Cisjordânia, conhecido por sua polêmica, uma barreira que separa o Estado de Israel dos territórios da Cisjordânia. O muro ainda gera conflitos, tanto político quanto físico.



















domingo, 1 de maio de 2011

Banksy - O gênio das ruas - Apresentação/Outdoors - Parte I

Pouco se sabe sobre a vida pessoal do artista de rua que assina-se como Banksy. Banksy é um artista de rua (que esteja claro: ARTISTA DE RUA, não um pichador daqueles cujo único objetivo é ganhar território com suas assinaturas e, consequentemente, causando poluição visual) britânico, também ativista político, engajado em causas humanas/sociais e em protestos contra sistemas de mídia como propagandas e a própria alienação das pessoas por aparelhos domésticos (televisão) esquecendo do que o mundo proporciona. Banksy também tem "total aversão aos conceitos de autoridade e poder" (wikipédia). O conteúdo crítico de Banksy é pesado, com imagens que vão do cômico ao revoltante e forte. Uma marca deste artista é sua capacidade de não gerar poluição visual nas cidades, mas simplesmente fazer com que o local seja reconhecido, seja por ter algo seu alí, seja, principalmente, pela causa a qual ele está lutando, ou seja, seu defeito. Não são quaisquer arte, há beleza e uma aura pesada crítica, há paisagens, há sátiras, humor negro, etc., todas com seu toque crítico. Banksy não se limita a suas artes de rua. Seu engajamento atravessa limites e vira algo sério e afeta a outras pessoas como protestos. Exemplos: ele comprou 500 cópias originais de CDs da cantora Paris Hilton e trocou por cópias adulteradas. Não bastasse, novamente no parque da Disney, ele colocou bonecos que se assemelham diretamente aos prisioneiros do Guantánamo. Não são críticas bobas que envolvem apenas sua cidade ou algum problema apenas num contexto social de um país ou continente, ele não se limita. Tudo o que está acontecendo no mundo é alvo dele (como veremos nas legendas de algumas imagens a seguir). Banksy também fez recentemente um documentário, não sobre ele, mas sobre Thierry Guetta e a arte de rua em geral chamado Exit Though the Gift Shop.



Como todo artista de rua, Banksy também tem uma assinatura, ou imagem que fazem reconhecê-lo, uma "marca registrada". Além de sua máscara de macaco, ele tem estes ratos.
























"ONE NATION UNDER CCTV"

A partir daqui começamos a ver seus protestos.













Um anjo vestido de colete à prova de balas e segurando um crânio. A imagem diz mais do que eu posso escrever.